Santos oferece preferência de joias por dívida com o Barcelona

Santos vendeu Gabigol sem avisar o Barcelona
Santos vendeu Gabigol sem avisar o Barcelona

O Santos avançou nas negociações para fechar um acordo com o Barcelona (Espanha) por uma dívida de cerca de 3 milhões de euros (R$ 19,3 milhões). O presidente Andres Rueda tem trabalhado pelo acerto desde o início da gestão e está se aproximando do objetivo.

De acordo com reportagem do Portal UOL, a diretoria santista ofereceu parte do valor da dívida parcelado, mais o direito de preferência de dois Meninos da Vila, o zagueiro Kaiky e o atacante Ângelo. Os representantes dos jogadores já estão cientes da proposta.

Angelo e Kaiky são joias do Santos
Angelo e Kaiky são joias do Santos

Com o direito de preferência, o Peixe precisa informar o Barcelona sobre qualquer proposta que receber pelas duas joias. Os espanhóis teriam a chance de igualar e levar os jogadores para a Catalunha.

A dívida entre os clubes existe desde 2016, quando Gabigol foi vendido para a Internazionale de Milão sem que o Barcelona tivesse sido notificado, como previa o contrato. O caso aconteceu ainda na gestão Modesto Roma.

O Barcelona já acionou o Santos na Corte Arbitral do Esportes (CAS) e o Santos foi condenado, em dezembro do ano passado, a indenizar os espanhóis.

Santos tem se esforçado para pagar dívidas

A reunião do Conselho Deliberativo do Santos em dezembro contou com uma grande apresentação do presidente Andres Rueda sobre toda a situação do clube. O lado financeiro foi um dos assuntos mais explorados.

O dirigente explicou que o Santos pagou cerca de R$ 120 milhões em dívidas durante o ano de 2021. Com isso, a dívida total do clube caiu para cerca de R$ 447 milhões. Os valores não são contábeis e estarão discriminados no relatório do Conselho Fiscal, que será apresentado em 2022.

Quando comparados, os gastos com dívidas superam os com o departamento de futebol. Foram R$ 120 milhões contra R$ 110 com a atividade fim do clube (salários, direitos de imagem, férias, 13º, viagens e hospedagens).

“Poderíamos ter pago R$ 60 milhões, por exemplo, e investido mais no futebol. Mas não tivemos escolha. Poderíamos ser punidos ou termos nossas contas bloqueadas. Começamos a ver uma claridade. Sabemos que 2022 ainda será sofrido, mas ficaremos em outro patamar com o fim desses acordos”, explicou Rueda.