A semana foi de apresentação de reforços, mas de uma grande derrota financeira para o Santos. A DIS conseguiu na justiça o bloqueio das contas do clube por conta de uma dívida milionária, referente a uma venda feita em 2010.
O grupo ganhou na justiça uma ação com o valor de R$ 11.904.945,00 por uma dívida sobre a transferência do atacante André para o Dynamo de Kyev, realizada em 2010. O jogador foi vendido por 8 milhões de euros (R$ 17,7 milhões na época).
O imbróglio se deu, porque a DIS tinha direito de 25% do valor da transferência, mas alega nunca ter recebido nada. Por conta da ação na justiça, já foram transferidos para uma conta judicial o valor de R$ 124.688,31, que foram encontrados em uma conta no Banco BMG e colocados à disposição da DIS.
A última tentativa de recurso do clube na justiça foi questionando a aplicação de juros de 1% no valor da dívida, mas o pedido foi indeferido no dia 7 de janeiro pela juíza Camila Rodrigues Borges de Azevedo, da 19ª vara o Foto Central Cível de São Paulo.
A gestão Rueda tenta chegar a um acordo com a DIS desde o início do ano passado e as conversas já estão bem adiantadas, mas foram paralisadas durante as festas de final de ano. Novas reuniões devem ocorrer nas próximas semanas.
André surgiu no Santos em 2010 como uma das grandes promessas das categorias de base do clube. Foi centroavante do time que conquistou o Brasil naquele ano, campeão do Campeonato Paulista e da Copa do Brasil. Pelo Peixe, tem 97 jogos e 41 gols. Seu último clube foi o Sport, na temporada passada.
Santos gastou mais com dívidas do que com futebol em 2021
A reunião do Conselho Deliberativo do Santos realizada em dezembro contou com uma grande apresentação do presidente Andres Rueda sobre toda a situação do clube. O lado financeiro foi um dos assuntos mais explorados.
O dirigente explicou que o Santos pagou cerca de R$ 120 milhões em dívidas durante o ano de 2021. Com isso, a dívida total do clube caiu para cerca de R$ 447 milhões. Os valores não são contábeis e estarão discriminados no relatório do Conselho Fiscal, que será apresentado em 2022.
Quando comparados, os gastos com dívidas superam os com o departamento de futebol. Foram R$ 120 milhões contra R$ 110 com a atividade fim do clube (salários, direitos de imagem, férias, 13º, viagens e hospedagens).
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