Santistas
Santos e Universidad Católica de Quito se enfrentaram nesta quarta-feira (13), na Vila Belmiro, em partida válida pela segunda rodada da fase de grupos da Copa Sul-Americana. Apresentando uma atuação de momentos bons e ruins, mas resiliente, o Peixe não se deixou abalar pelos gols marcados pelo adversário e, de virada, conquistou o triunfo por 3×2, com gols de Jhojan Julio, Bryan Angulo e Léo Baptistão. Com os três pontos, a equipe comandada por Fabián Bustos se encontra na segunda colocação do grupo, porém com um jogo a mais.
De virada! Com gols de estreantes, Santos conquista primeiro triunfo na Copa Sul-Americana
MELHORES MOMENTOS
PRIMEIRO TEMPO
Mais agressivos durante os minutos iniciais da etapa, o Santos tomou a dianteira do duelo ao pressionar a equipe do Universidad Católica e, por consequência, de apossar da bola em mais ocasiões. Com a posse de bola mais alta, os comandados de Fabián Bustos foram capazes de povoar seu setor de ataque, porém sem penetrar na área adversária.
O nível de atenção do elenco santistas nos dez minutos iniciais foi evidenciado pelo alto número de bolas recuperadas, recurso usado principalmente pela dupla de volantes, fator que permitiu ao Alvinegro anular os esforços ofensivos do clube equatoriano. Diante de tamanha dominância, a posse de bola enfim se converteu em vantagem aos donos da casa, quando, aos 14 minutos, Madson foi capaz de encontrar Jhojan Julio na área adversária, que por sua vez só precisou desviar a bola de cabeça para inaugurar o placar da noite.
A desvantagem, porém, não pareceu abalar os Celestes, que passaram a oferecer um maior perigo à meta defendida por João Paulo a partir do tento alvinegro. Aos 23′, o goleiro santista precisou fazer a primeira defesa da noite a partir de uma bola de Cristian Martínez; no lance subsequente, o mesmo atacante foi responsável por finalizar, sozinho, dentro da área do Peixe, mas para fora.
Nome do clube equatoriano até então, Martínez pôde colher os frutos de seus esforços aos 25 minutos, quando recebeu um passe telegrafado de Ismael Díaz e, cara a cara com João Paulo, só teve o trabalho de empurrar a bola para o fundo da rede. A igualdade no placar inflamou de vez os visitantes, enquanto os donos da casa, abalados pela perda da vantagem, arrefeceram e passaram a conceder diversos espaços ao setor ofensivo adversário.
A esperteza no momento de roubar a bola, que pôde ser evidenciada como principal arma dos comandados de Bustos nos minutos iniciais, deu lugar ao desespero e imprecisão, fatores que levaram o Santos a errar diversos passes. Aliado ao espaço que a defesa do Peixe passou a conceder à Universidad Católica, a perda da posse de bola foi o elemento crucial para a virada na partida.
Aos 40′, João Paulo precisou realizar uma defesa milagrosa ao se encontrar cara a cara com Zamora; três minutos depois, porém, veio o gol da virada para os Celestes, que viram sua vantagem ser construída através de uma bomba disparada por Minda, finalização que incapacitou a defesa do arqueiro santista e, assim, enviou ambas as equipes aos vestiários com o placar da partida fixado em 2×1.
SEGUNDO TEMPO
Apesar de realizar um final de primeiro tempo ruim, o Santos não aparentou ter registrado os problemas apresentados durante os 45 minutos iniciais e, desta forma, voltou a repetir os erros que tanto irritaram a torcida. Os comandados de Bustos passaram a aparentar uma grande dificuldade em manter a posse de bola, concedendo a redonda de graça aos adversários em diversos momentos. Os erros de passe alvinegros se transformaram na principal arma criativa da Universidad Católica, que ofereceu perigo em duas oportunidades ao gol santista.
Logo aos cinco minutos, Cortez se encontrou com todo o tempo do mundo para avançar em direção à área adversária e finalizar, chute que carimbou a trave de João Paulo; momentos depois, Ismael foi o responsável por subir mais do que a zaga alvinegra e cabecear rente à trave santista. A resposta dos donos da casa veio através de um chute de Lucas Pires, porém a distância e a força da batida fizeram com que Cuero encaixasse a bola com tranquilidade.
O próximo bom momento do Santos na partida se concretizou aos 21′, quando, após uma cobrança de escanteio, Bauermann conectou de cabeça e a bola, que aparentava ir em direção ao fundo da rede, foi desviada por Angulo, mas mesmo assim ultrapassou a linha; o atacante se encontrava em posição de impedimento e, portanto, o gol foi invalidado. A ação aparentou inflamar a equipe da Baixada, já que, minutos depois, Baptistão conectou uma boa cabeçada dentro da área adversária, mas só pôde observar a bola sair pela linha de fundo.
A entrada de Léo, juntamente com a retomada do bom momento da equipe, foi determinante para a igualdade ser fixada no placar novamente. Após escanteio do Alvinegro, Baptistão sofreu um empurrão ao subir para cabecear a bola, ação considerada como faltosa pela arbitragem, que assinalou o pênalti; na batida, aos 32′, o camisa 19 cravou a redonda no canto direito do gol e, assim, estabeleceu o 2×2 no placar.
Sem conceder chances ao adversário e apresentando uma pressão implacável, o ápice da noite santista chegou no 39º minuto da segunda etapa. Após uma boa jogada construída pelo lado esquerdo através dos pés de Lucas Pires e Lucas Barbosa, um cruzamento encontrou a cabeça de Bryan Angulo, que foi capaz de fuzilar a bola no fundo da rede adversária e, assim, concretizando mais uma virada na partida, agora para o lado alvinegro. O tento se tornou a última jogada de importância da partida e garantiu ao Santos um respiro no torneio continental.
FICHA TÉCNICA
Santos 3 x 2 Universidad Católica
Estádio: Vila Belmiro
Gol: Jhojan Julio (SAN – 14’/1T), Cristian Martínez (UNI – 25’/1T), Kevin Minda (42’/1T), Léo Baptistão (SAN – 32’/2T), Bryan Angulo (SAN – 39’/2T)
Santos: João Paulo, Madson, Maicon, Bauermann, Lucas Pires, Willian Maranhão (Vinícius Zanocelo), Rodrigo Fernández (Pirani), Ricardo Goulart (Léo Baptistão), Lucas Braga (Ângelo), Angulo e Jhojan Julio (Lucas Barbosa).
Universidad Católica: Cuero, Anangonó, Bryan Caicedo, Yuber Mosquera, Cortez (Rivas), Kevin Minda, Facundo Martínez, Zamora (Cevallos), Alzugaray, Ismael Díaz e Cristian Martínez (Ordóñez).
Cartões amarelos: Willian Maranhão (SAN), Fabián Bustos (SAN), Cevallos (UNI)´, Mosquera (UNI), João Paulo (SAN), Facundo Martínez (UNI)
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