Reforço mais caro da história do Santos para o ataque, virou volante

Rollheiser - Foto: Raul Baretta/ Santos FC.
Rollheiser - Foto: Raul Baretta/ Santos FC.

Em uma tentativa de alinhar Neymar e Benjamín Rollheiser no meio-campo, o técnico Cleber Xavier testou o argentino como segundo volante no amistoso contra o RB Leipzig (derrota por 3 a 1). A mudança tática, porém, não surtiu o efeito esperado, reacendendo críticas sobre a contratação mais cara da história do Santos (€12 milhões/R$70 milhões em janeiro de 2025) .

O esquema experimental

  • Posicionamento inédito: Rollheiser, usualmente meia-atacante, atuou ao lado de Gabriel Bontempo na contenção, enquanto Thaciano e Barreal ocuparam as pontas. O objetivo era liberar Neymar como “camisa 10” puro no Santos.
  • Resultado frustrante: O argentino teve apenas 5.0 de nota no GE, com atuação apagada: errou passes, não marcou Xavi Simons e falhou na transição defensiva .

Por que o teste falhou?

  1. Falta de adaptação: Rollheiser não tem características de volante — perdeu 7 de 10 duelos e não interceptou nenhuma jogada do Leipzig .
  2. Sobrecarga em Neymar: O craque, que jogou apenas 45 minutos, precisou recuar para ajudar na construção, anulando seu poder ofensivo .
  3. Desequilíbrio defensivo: Com Rollheiser perdido, o Leipzig dominou o meio (62% de posse) e criou 14 finalizações .

O peso da contratação

Rollheiser chegou para ser peça-chave no elenco, mas em 15 jogos tem apenas 1 gol e 2 assistências. Comparado a outros reforços:

  • Custo-benefício: Barreal (R$20 milhões) e Tiquinho (grátis) têm números melhores .
  • Pressão da torcida: Nas redes, santistas questionam: “Pagamos um volante europeu por um jogador que não desarma nem cria” .
Rollheiser - Foto: Raul Baretta/ Santos FC.
Rollheiser – Foto: Raul Baretta/ Santos FC.

Próximos passos

Cleber Xavier admitiu que o teste foi pontual, mas deve reposicionar Rollheiser como meia no Brasileirão. A prioridade agora é recuperar sua confiança — inclusive para valorizá-lo no mercado .

Contexto adicional: O Santos ainda tenta vender 20% dos direitos econômicos do argentino para equilibrar as finanças. Se o desempenho não melhorar, o prejuízo pode ultrapassar R$50 milhões.

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