Coluna Santista | A bizarrice chamada Willian Arão no Santos

Situação do Volante no Santos beira o bizarro!

Se existe uma palavra que resume a situação de Willian Arão no Santos é bizarrice. O volante, contratado com status de reforço de peso, completou dois meses de clube e até agora soma apenas um jogo disputado — contra o Flamengo, no longínquo 16 de julho. Desde então, trata de uma “pequena lesão” na panturrilha direita que, na prática, tem sido gigantesca para o elenco e para o caixa do Peixe.

Não é comum que uma lesão considerada simples mantenha um jogador tanto tempo afastado das atividades coletivas. E o mais estranho é o silêncio que envolve o caso. Oficialmente, o Santos fala em “transição física” e “fase final de recuperação”. Mas, na realidade, o atleta não consegue treinar com o grupo, não tem previsão clara de retorno e deixa torcedores e imprensa às cegas.

Foto: Redes Sociais - Santos
Foto: Redes Sociais

Enquanto isso, Arão segue recebendo um salário alto — nada desprezível para os padrões atuais do clube, que luta para equilibrar as contas e encara até um transfer ban da Fifa por dívidas com Pedro Caixinha e sua comissão técnica. É o típico “custo Brasil” santista: investir em um jogador experiente, ver pouco ou nada de retorno e ainda arcar com uma folha salarial pesada.

Diante desse cenário, a diretoria já cogita um ultimato. Ou Arão finalmente volta a treinar e mostra condições reais de ajudar em campo, ou pode ter seu contrato rescindido antes mesmo de deixar qualquer marca relevante na Vila Belmiro. Para um atleta de 33 anos e com vínculo até 2026, seria um desfecho melancólico.

O torcedor, por sua vez, tem todo o direito de cobrar. Afinal, enquanto ídolos históricos suaram a camisa pelo clube, Arão sequer consegue entrar em campo. E o pior: ninguém no Santos dá explicações convincentes.

Se o clube quiser realmente se reerguer, casos como esse não podem mais se repetir. A relação entre investimento e retorno precisa ser séria. Do contrário, o Peixe continuará colecionando manchetes bizarras e alimentando a paciência — já tão desgastada — de sua torcida.

Foto: Raul Baretta / Santos
Foto: Raul Baretta / Santos

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