Thiago Parente chegou a assinar contrato e vestir a camisa do Peixe, mas clube desistiu do negócio; caso aumenta pressão política sobre Daniel Alves no Comitê de Gestão
Fonte: Portal GE – Ana Canhedo e José Edgar de Matos
O Santos FC enfrenta mais um problema fora de campo. O goleiro Thiago Parente, atualmente no sub-20 do Vasco, entrou com um processo contra o clube na Vara do Trabalho, cobrando R$ 227 mil em indenização por uma negociação frustrada. O valor inclui R$ 127 mil por perdas e danos e R$ 100 mil por danos morais, após o Peixe desistir da contratação mesmo com o contrato já assinado.
Segundo informações obtidas pelo ge, o acordo entre Parente e o Santos FC previa vínculo até 31 de janeiro de 2028, mas o negócio foi interrompido antes da formalização completa. O documento havia sido assinado por dois diretores — Daniel Curi, do departamento jurídico, e Rodrigo Alflen, responsável pelas categorias de base —, faltando apenas a assinatura de Daniel Pereira Alves, também integrante do Comitê de Gestão.
“Cumpre ressaltar que o referido contrato foi assinado por dois diretores do Reclamado (…). Apenas uma terceira assinatura, de outro diretor do Reclamado (Sr. Daniel Pereira Alves), deixou de ser aposta por razões alheias ao conhecimento do Reclamante”, diz trecho do processo.

Goleiro chegou a ser integrado ao elenco do Santos FC
Parente chegou a se mudar para Santos, foi inserido no grupo de WhatsApp do sub-20 e posou com a camisa do clube, acreditando que o acerto estava concluído. Pouco depois, no último dia da janela de transferências, foi avisado de que não faria mais parte dos planos da equipe.
“Ele ficou muito abalado, óbvio. Teve que se despedir do Vasco, contando que estava indo jogar no Santos (…). Dois dias depois, foi surpreendido com a informação de que um dos diretores não havia assinado o contrato”, relatou Diogo Souza, advogado do atleta.
A defesa de Parente alega que o jogador sofreu prejuízo financeiro e emocional, já que havia reorganizado sua vida pessoal e profissional para a transferência. Segundo o processo, o clube descumpriu obrigação contratual e pré-contratual, frustrando a “legítima expectativa do atleta”.
Crise política e pressão sobre Daniel Alves
O episódio amplia a crise política vivida pelo Santos. O dirigente Daniel Alves, citado no processo como o responsável pela dispensa, já é alvo de uma investigação interna conduzida pela Comissão de Inquérito e Sindicância do clube. Conselheiros pedem sua saída do Comitê de Gestão sob acusação de condutas administrativas irregulares.
Procurado, o Santos FC afirmou que “não pode se posicionar porque não foi notificado e não teve acesso aos autos da referida ação”.

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