Torcedores do Santos começam a questionar insistência do técnico em nomes contestados e a falta de oportunidades aos garotos
O técnico Juan Pablo Vojvoda tem despertado atenção dentro e fora da Vila Belmiro por repetir no Santos algumas atitudes que marcaram sua passagem pelo Fortaleza. De acordo com informações do Portal Diário do Peixe, o treinador argentino tem mostrado forte insistência em jogadores contestados pela torcida e pouca confiança nas categorias de base, algo que também gerou críticas em seu antigo clube.
No Fortaleza, Vojvoda bancou o meia Pedro Augusto, mesmo após o jogador perder um pênalti decisivo na final da Sul-Americana — lance que impediu o clube de conquistar o maior título de sua história. Apesar das críticas e das vaias, o técnico pediu a renovação do contrato do atleta e chegou a improvisá-lo como zagueiro em jogos importantes, o que irritou parte da torcida cearense.
Outros casos semelhantes ocorreram com Zé Welison e Titi, que seguiram recebendo oportunidades mesmo com a pressão externa por mudanças.

Situação semelhante na Vila Belmiro
No Santos, o cenário parece se repetir. Nomes como Escobar e Guilherme têm sido utilizados com frequência, mesmo sob desconfiança de parte dos torcedores. O atacante, inclusive, desperdiçou um pênalti na eliminação para o CRB, pela Copa do Brasil, e segue sendo defendido por Vojvoda — algo que ele mesmo já havia relatado no podcast PodPah, sobre o período no Fortaleza.
Enquanto isso, jogadores da base santista — marca histórica do clube — têm encontrado dificuldades para ganhar espaço. O meia Gabriel Bontempo, os jovens Hyan e JP Chermont e até o destaque da Copinha, Robinho Jr., tiveram poucas oportunidades. O venezuelano Kervin Andrade, que chegou a empolgar a torcida com boas atuações, acabou negociado com o futebol israelense sem sequência no time principal.

Filosofia ou resistência?
Durante entrevista ainda no período de Fortaleza, Vojvoda já havia explicado seu modo de pensar em relação à utilização da base:
“Não dou oportunidades porque são jovens ou jogaram bem a Copinha. Eles precisam mostrar rendimento profissional. O futebol de base é diferente do profissional, onde o resultado e a performance estão acima.”
A declaração mostra o perfil mais conservador do treinador, que valoriza desempenho e maturidade antes de lançar promessas. No entanto, em um clube como o Santos — historicamente conhecido por revelar talentos como Neymar, Rodrygo e Endrick —, a falta de espaço para os jovens causa estranhamento.
Com o Peixe ainda lutando para se afastar da parte de baixo da tabela, a pressão por mudanças deve aumentar. E o desafio de Vojvoda será equilibrar a experiência dos veteranos com a energia e o talento da base santista, tradição que a torcida exige ver em campo.
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