Fonte: Portal GE
Em apenas nove dias, o destino de Zé Ivaldo no Santos mudou de forma radical. Antes preterido pelo técnico Juan Pablo Vojvoda e considerado uma opção secundária no sistema defensivo, o zagueiro não só ganhou novas oportunidades como também atingiu a meta contratual que obriga o Peixe a comprá-lo em definitivo junto ao Cruzeiro.
A reviravolta começou com uma combinação de fatores: problemas físicos no elenco, a Data Fifa e uma correção de rota feita por Vojvoda na montagem da defesa. O que parecia improvável no início de novembro tornou-se realidade rapidamente.

De reserva questionado a peça necessária no Santos
Zé Ivaldo não atuava desde a expulsão contra o Atlético-MG, em setembro. Sua situação se complicou ainda mais quando perdeu espaço nas escolhas técnicas. Porém, a suspensão de Luan Peres para o clássico contra o Palmeiras, no Allianz Parque, abriu uma brecha.
Durante a semana, Vojvoda trabalhou o sistema defensivo e decidiu apostar em Zé Ivaldo — já pensando, também, no duelo seguinte contra o Flamengo. O defensor voltou como titular diante do Palmeiras e, mesmo com a derrota, deixou boa impressão.
A atuação sólida foi suficiente para que o técnico mantivesse o zagueiro no time no compromisso seguinte, no Maracanã. Contra o Flamengo, Zé Ivaldo atuou ao lado de Luan Peres, que retornava de suspensão, e completou os 90 minutos.

Oportunidade vira sequência
No entanto, um lance no Maracanã mudaria tudo novamente. Luan Peres sofreu um choque de cabeça com Arrascaeta e precisou seguir o protocolo de concussão, ficando cinco dias afastado das atividades. Com apenas um treino na semana, foi preservado até mesmo do banco de reservas na partida seguinte.
Com Luan Peres fora e Alexis Duarte convocado pela seleção do Paraguai para a Data Fifa, o caminho ficou livre para que Zé Ivaldo permanecesse na equipe titular. Assim, ele atuou novamente no clássico contra o Palmeiras, em jogo atrasado da 13ª rodada do Brasileirão, desta vez com vitória por 1 a 0.
Gatilho acionado: compra obrigatória
Os três jogos consecutivos ativaram a cláusula contratual: ao completar 60% das partidas em que esteve disponível na temporada — desconsiderando suspensões e lesões — o Santos passa a ser obrigado a adquirir os direitos econômicos do jogador.
O acordo prevê o pagamento de US$ 1 milhão (cerca de R$ 5,3 milhões), dividido em quatro parcelas, a primeira delas em janeiro.
Um futuro que já não é mais dúvida
Se ainda existiam incertezas sobre a permanência do defensor, elas caíram por terra justamente no momento em que o Santos mais precisou de estabilidade defensiva. A necessidade de reposições, aliada à resposta imediata em campo, fez de Zé Ivaldo uma peça útil e, agora, garantida para a próxima temporada.
A mudança de status do zagueiro mostra como, no futebol, uma sequência de decisões — e de circunstâncias — pode transformar um jogador praticamente esquecido em investimento obrigatório.
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