Coluna santista: Santos FC ainda vive o próprio inimigo e sexta será o teste definitivo

O Santos FC tem que “aprender” a jogar contra os times da parte de baixo da tabela

O Santos FC saiu do Beira-Rio com um empate que, diante do contexto, não pode ser tratado como um desastre. Enfrentar o Internacional fora de casa, sob pressão e com o estádio lotado, nunca é simples. Ainda assim, o ponto conquistado não resolve o problema central deste time: a incapacidade crônica de vencer adversários diretos na parte de baixo da tabela.

Essa limitação vem custando caro. O Santos FC não cai por perder para os grandes, mas por desperdiçar oportunidades seguidas contra clubes que lutam pelo mesmo objetivo. E não há cenário mais claro do que o que se aproxima. Na sexta-feira, na Vila Belmiro, o Peixe terá diante de si o lanterna e já rebaixado Sport. É o tipo de jogo que precisa ser vencido não por obrigação matemática, mas por sobrevivência emocional e esportiva.

O elenco sabe que não existe mais margem. A rodada é decisiva por motivos que vão além do próprio desempenho. O Mirassol encara o Vitória, e qualquer ponto perdido pelos baianos pode abrir a porta que o Santos precisa para deixar o Z-4. Mas depender de terceiros, nesta altura, é sempre um risco — e a torcida já viveu esse filme.

O problema é que o Peixe, até aqui, não demonstra segurança para transformar jogos “ganháveis” em vitória garantida. Falta contundência, falta eficiência e falta, principalmente, a frieza que times que escapam do rebaixamento costumam apresentar nessa fase final.

O empate em Porto Alegre pode até ser entendido como um bom resultado isoladamente, mas ele só terá valor se for seguido de uma atuação firme, dominante e madura contra o Sport. Caso contrário, continuará sendo apenas mais um capítulo da temporada em que o Santos se tornou refém de suas próprias falhas.

O jogo desta sexta não é apenas uma oportunidade. É um ultimato.