Nesta sexta-feira (7), o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) puniu o Santos pelos incidentes ocorridos no clássico contra o Corinthians na Vila Belmiro, no dia 21 de junho. O duelo precisou ser encerrado aos 41′ do segundo tempo após um grupo de torcedores aremessarem artefatos pirotécnicos no gramado.
O STJD puniu o clube santista em oito jogos com portões fechados, além da perda de mando de campo e de uma multa de R$ 80 mil.
Na avaliação da 5ª Comissão Disciplinar do STJD, o Peixe já cumpriu uma partida de punição no jogo contra o Flamengo, pela 11ª rodada do Campeonato Brasileiro. O confronto diante do Goiás, que está marcado para este domingo (9), na Vila Belmiro, será mantido no mesmo local por falta de tempo hábil para realizar a mudança.
Desta forma, os jogos acontra Botafogo, Athletico-PR, Grêmio, Cruzeiro, Vasco da Gama e Red Bull Bragantino devem ser disputadas a 150 km de distância da Vila Belmiro e com portões fechados. O Santos vai recorrer da decisão.
O Alvinegro Praiano foi indiciado no Art. 213, I e II do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD)
I — desordens em sua praça de desporto;
III – lançamento de objetos no campo ou local da disputa do evento desportivo.
O relator do caso, Eduardo Mello, explicou que o pedido pela perda de mando de campo se deu após relatos de possíveis manifestações da torcida do Santos na partida contra o Flamengo, quando o STJD já havia suspendido a presença nas arquibancadas da Vila Belmiro.
“Entendo pela condenação. Portões fechados e perda de mando de campo. No jogo seguinte, entre Flamengo e Santos, ouvia-se um helicóptero rondando a Vila e a explicação dada por jornalistas é de que havia ameaças próximas. É um estádio rodeado por casas. Se não determinar perda de mando de campo isso pode continuar ocorrendo. Colocar em risco quem mora próximo e quem está trabalhando no estádio. A gente não quer punir o Santos. O Santos foi prejudicado pela sua própria torcida“, disse Eduardo Mello, relator do caso.
“O Santos está tentando previnir, reprimir, mas não está conseguindo. Ali foi a bomba, o medo. Os membros (do STJD) colocaram aqui essa situação só vai parar quando alguém morrer. Está chegando num ponto que precisamos darmos um basta. O basta só será dado com punições severas, duras. Senão não tem como“, concluiu o presidente da 5ª Comissão Disciplinar, Otacílio Soares de Araújo Neto.
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