Fifa quer reduzir comissão de agentes e aumenta porcentagem de clubes formados

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Enquanto a temporada encerrou para o Santos, os bastidores do futebol está agitado. A Fifa divulgou na última quarta-feira um relatório onde aponta o faturamento do intermediários de jogadores. O montante é de US$ 500,8 milhões (R$ 2,86 bilhões, na cotação atual), neste ano. A informação é do Globoesporte.com. Nesse sentido, a entidade máxima desportiva está preocupada com essa situação e deseja reduzir esses ganhos e aumentar para o clubes formadores.

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Atualmente, não há limite de comissões para os empresários. Porém a Fifa recomenda que a comissão seja para no máximo 3%, porém os valores são bem maiores. Ainda mais quando a Fifa proibiu participação de terceiros em direitos econômicos dos jogadores, os valores para os agentes aumentaram.

“Queremos mais transparência, por isso o relatório existe. Também estamos tornando públicos decisões de nossos Comitê de Disciplina, de doping… não é sobre agentes. Agentes são parte do sistema”, disse espanhol Emilio García, diretor jurídico da Fifa reproduzido pelo GE.

“O problema é quando os agentes recebem mais do que o salário dos jogadores que eles representam, e isso acontece em alguns casos”, disse português Luis Villas-Boas Pires, diretor do departamento da Fifa.

Ações da Fifa sobre o assunto

Conforme a entidade, foram realizadas 7.945 transferências internacionais de jogadores, e quase 20% delas (3.545) envolveram pelo menos um intermediário. A intenção da Fifa é lançar uma nova plataforma de transferência de atletas no ano que vem com mais transparência, além de organizar uma maneira para que os clubes formados recebam mais. Contudo, os empresários prometem ir a justiça, caso as ações reduzem as arrecadações sobre as transferências de jogadores. O São Paulo e Cruzeiro observa a situação.

“A Fifa e o mercado chegaram à conclusão de que o sistema atual é, de certa forma, falho. Isso acendeu uma luz amarela na Fifa, em função do sistema de licenciamento dos clubes e de controle financeiro que vêm sendo impostos. A Fifa resolveu agora revisar mais uma vez o sistema. “Com o controle financeiro e o sistema de licenciamento, a realidade do mercado vem à tona.” disse o advogado Marcos Motta, especialista em Direito Esportivo Internacional, participante de grupos de estudo da Fifa e diretor da EFAA.