Coluna Santista: O dia em que o Santos se apequenou no Morumbis

Coluna Santista: O dia 17 de agosto de 2025 ficará marcado como um dos mais vexatórios da história centenária do Santos Futebol Clube. Um domingo que tinha todos os ingredientes para ser especial — quase 55 mil pessoas no Morumbis, um sol radiante, a chance de aproximar o torcedor que nem sempre consegue acompanhar o time de perto — acabou se transformando em um pesadelo coletivo.

Dentro de campo, o Santos foi um desastre. Perdeu por 6 a 0 para um Vasco instável, que até então brigava na parte de baixo da tabela do Campeonato Brasileiro. O placar não foi apenas elástico, foi simbólico: representou a pá de cal em um trabalho que, convenhamos, já nasceu morto.

Coluna Santista: A pá de cal

Coluna Santista: Cléber Xavier nunca deveria ter sido escolhido. Não era treinador antes de assumir o Santos, e não se tornou treinador nesses meses no comando. A derrota escancarou a fragilidade de um projeto que não existia. A demissão, que veio logo após o apito final, foi apenas a confirmação do óbvio.

Agora, o que resta é o vazio. O torcedor olha para a diretoria e não vê rumo. Tite já recusou. Ramón Díaz também. Jorge Sampaoli e Juan Pablo Vojvoda são cogitados, mas nada concreto. A verdade é que o Santos hoje vive refém da própria falta de planejamento, mergulhado em decisões tomadas no calor da urgência.

O que deveria ser um espetáculo de esperança virou humilhação. O Morumbis presenciou o Santos apequenado, impotente e perdido. Resta saber se a diretoria terá coragem — e competência — de resgatar a grandeza de um clube que não merece colecionar capítulos como esse.