Coluna Santista: O Santos joga, mas quem sofre é o torcedor

O time do Santos não consegue passar confiança ao seu torcedor

Mais uma vez, o Santos protagonizou uma atuação patética. Um 3 a 0 seco, incontestável, diante do Ceará, em um jogo em que o Peixe foi dominado durante praticamente todo o tempo. Não há desculpa, não há “azar” — foi inferior, simples assim.

É verdade que Juan Pablo Vojvoda conseguiu fazer o time evoluir em alguns aspectos desde que chegou. O Santos, hoje, ao menos tem uma ideia de jogo, um esboço de padrão. Mas, convenhamos, isso está muito longe de ser o suficiente. O time não passa confiança nenhuma ao seu torcedor. É um elenco que vive à beira do colapso — emocional, técnico e tático.

E o mais preocupante: o Santos só não está na zona de rebaixamento porque seus adversários estão fazendo um esforço tremendo para ajudá-lo. A cada rodada, parece que alguém lá embaixo se recusa a vencer, mantendo o clube da Vila Belmiro respirando por aparelhos.

Os números são duros e implacáveis: a campanha atual é pior do que a do ano em que o Santos foi rebaixado. E, ainda assim, o alívio momentâneo de “não estar no Z-4” é tratado como sinal de recuperação. Não é. É ilusão.

O torcedor santista, que já viu o time brilhar no passado com futebol ofensivo, elegante e vitorioso, hoje assiste a um espetáculo de apatia e inconsistência. É difícil cobrar paixão nas arquibancadas quando o que se vê em campo é um time que parece indiferente ao próprio destino.

Vojvoda pode até ser parte da solução, mas não há técnico que resista a um elenco mal montado, desequilibrado e sem liderança. O Santos precisa reagir — não apenas com discursos, mas com desempenho. Porque, do jeito que está, não é o rebaixamento que assusta… é a sensação de que o torcedor já começou a se acostumar com o sofrimento.