Coluna Santista | Até quando vale a pena para o Santos apostar em um ídolo em declínio físico?

Entre mídia e rendimento, Santos enfrenta dilema com sua principal estrela

A vitória do Santos sobre o São Paulo, na Vila Belmiro, mostrou algo incômodo, mas inegável: o time pode vencer sem Neymar. Mais uma vez, o camisa 10 ficou de fora por lesão, e isso reforça uma pergunta que precisa ser feita sem paixão: até quando vale a pena depender de um jogador que não consegue ter sequência física?

É evidente que Neymar é muito mais do que apenas um atleta dentro de campo. Ele carrega patrocínios, mídia, visibilidade e atrai olhares globais para o Peixe. Desde sua volta, o clube voltou a ocupar espaço na pauta internacional, e isso não é pouca coisa em um futebol cada vez mais dominado por cifras e marketing. No entanto, o que se ganha fora das quatro linhas precisa ser colocado na balança em relação ao que se perde dentro delas.

Foto: Reprodução
Foto: Reprodução

O craque, que já foi referência mundial em desempenho, sofre hoje com o peso das lesões recorrentes. A cada temporada, a condição física parece mais limitada, e a ausência em jogos decisivos se tornou rotina. Em campo, o Santos muitas vezes precisa encontrar soluções coletivas, como ocorreu diante do São Paulo, quando a equipe mostrou competitividade e organização sem depender do seu camisa 10.

A questão é dura, mas inevitável: até quando o Santos deve sustentar um projeto baseado em um ídolo que já não consegue entregar presença constante? O equilíbrio entre idolatria, marketing e rendimento esportivo talvez seja o maior desafio da diretoria.

Ninguém apaga a história e a importância de Neymar para o clube. Mas, no presente, é legítimo questionar se o peso de manter uma estrela mais fora do que dentro de campo compensa os custos e as expectativas.

Foto: Raul Barreta / Santos
Foto: Raul Barreta / Santos

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