Coluna Santista: Repatriar ídolos é solução? O Santos FC precisa escolher com cuidado

3 ídolos estão em pauta! Será que voltam para o Santos FC?

As recentes especulações sobre um possível retorno de antigos Meninos da Vila ao Santos FC reacenderam um debate recorrente na história do clube. Nomes como Gabigol, Alan Patrick e Paulo Henrique Ganso voltaram a circular nos bastidores, despertando entusiasmo em parte da torcida e cautela em outros setores.

Entre os três, Gabigol é quem reúne, hoje, as maiores condições de retorno. Além do vínculo emocional evidente, trata-se de um atacante em idade competitiva, com histórico recente de alto rendimento e capacidade comprovada de decidir jogos grandes. Dentro de um planejamento bem estruturado, sua volta poderia representar ganho técnico imediato e impacto esportivo real.

Já os casos de Alan Patrick e Paulo Henrique Ganso exigem uma análise mais fria. Ambos tiveram trajetórias relevantes após deixarem a Vila Belmiro e ainda entregam qualidade técnica. No entanto, o fator idade pesa. Em um futebol cada vez mais intenso fisicamente, investir em atletas que já passaram do auge pode comprometer o equilíbrio entre desempenho, custo e longevidade esportiva.

O Santos FC vive um momento que exige reconstrução responsável, não apenas apelos emocionais. Repatriar ídolos por gratidão ou nostalgia é compreensível, mas nem sempre inteligente do ponto de vista esportivo. O clube precisa olhar para frente, valorizar sua base, investir em atletas com margem de crescimento e evitar decisões que limitem o planejamento a médio prazo.

Trazer um nome experiente pode fazer sentido se houver função clara, custo controlado e encaixe no modelo de jogo. Trazer vários, apenas pelo passado glorioso, tende a repetir erros já conhecidos. O desafio da diretoria é separar carinho da racionalidade.

O Santos sempre foi grande quando apostou no novo, não quando tentou reviver o antigo. A história merece respeito, mas o futuro exige escolhas firmes e estratégicas.