Coluna Santista: Rony e Gabigol resolvem os problemas do Santos FC?

Mercado da Bola do Santos FC assusta até o momento

Os nomes ventilados no mercado chamam atenção, mas também geram dúvidas legítimas. Rony e Gabigol simbolizam exatamente esse dilema vivido pelo Santos FC.

No papel, são jogadores experientes, vencedores e com histórico relevante no futebol brasileiro. Na prática, porém, o momento esportivo de ambos levanta questionamentos importantes.

No caso de Gabigol, a discussão é ainda mais sensível. Trata-se de um nome forte, midiático e capaz de mobilizar a torcida da Vila Belmiro imediatamente.

Por outro lado, o atacante não apresenta alto rendimento há pelo menos dois anos. A queda física, técnica e emocional é visível em campo.

A contratação, portanto, teria muito mais peso simbólico do que esportivo. Seria uma aposta clara no efeito anímico sobre arquibancadas e ambiente interno.

Gabigol no Cruzeiro - Foto: Cruzeiro EC
Gabigol no Cruzeiro – Foto: Cruzeiro EC

A pergunta central é objetiva: o “ar da Vila Belmiro” é suficiente para resgatar um futebol que não aparece há temporadas? Historicamente, isso nem sempre acontece.

Com Rony, o debate segue linha parecida. Entrega intensidade, comprometimento e pressão sem bola, mas não resolve problemas crônicos de criatividade e definição.

O Santos FC precisa de jogadores que elevem o nível técnico coletivo. Hoje, o elenco carece de desequilíbrio individual e tomada de decisão no último terço.

Foto: Cesar Greco/Palmeiras - Santos FC
Rony no Palmeiras – Foto: Cesar Greco/Palmeiras

Contratações desse perfil podem ajudar no curto prazo, porém não garantem dias melhores de forma sustentável. O risco de repetir erros recentes é real.

Mais do que nomes de impacto, o Santos precisa de encaixe, planejamento e coerência esportiva. O torcedor quer esperança, mas também quer futebol.

A reconstrução exige coragem para ir além do óbvio. Apostar apenas em jogadores conhecidos pode agradar agora, mas cobrar um preço alto depois.

No fim, a resposta virá no campo. Até lá, a cautela parece mais sensata do que o entusiasmo fácil.

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