Opinião: Até aqui, Tiquinho Soares é uma decepção no Santos

Tiquinho Soares - Foto: Santos FC
Tiquinho Soares - Foto: Santos FC

Quando o Santos anunciou a contratação de Tiquinho Soares, em janeiro de 2025, a expectativa era de que o experiente atacante, artilheiro do Botafogo em 2023 e campeão da Libertadores em 2024, viria para ser o farol do ataque alvinegro. Quatro meses depois, porém, o saldo é frustrante: poucos gols, desempenho abaixo do esperado e, agora, a perda de espaço para um garoto de 19 anos, Deivid Washington.

O Santos não apenas pagou 3 milhões de euros (cerca de R$ 19 milhões) ao Botafogo como também incluiu na negociação o zagueiro Jair, uma das joias da base – hoje titular no clube carioca. O contrato de três anos (até 2027) e o salário elevado pesam ainda mais diante dos números modestos: apenas seis gols em 22 jogos, incluindo uma sequência de seis partidas sem marcar. Para um centroavante que chegou com a missão de resolver a crise ofensiva do Peixe, é pouco.


Aos 34 anos, Tiquinho demonstra dificuldades em manter o ritmo exigido. Diferentemente de seu auge no Botafogo, onde era um pivô agressivo e decisivo, no Santos ele frequentemente se afasta da área, reduzindo sua eficácia. A comissão técnica até tentou ajustar o sistema para aproveitar suas características, mas o atacante não conseguiu se impor, especialmente contra defesas mais organizadas. Enquanto isso, Deivid Washington, com sua mobilidade e vigor, ganhou a preferência, mostrando que o clube talvez devesse ter investido em um perfil mais jovem desde o início.

Torcida paciente, mas a paciência tem limite no Santos


Curiosamente, a torcida ainda aplaude Tiquinho – como no San-São, onde foi ovacionado por seu empenho, mesmo sem marcar. Mas carinho não sustenta titularidade. Com o Santos lutando para sair da zona de rebaixamento no Brasileirão, não há margem para sentimentalismo. O time precisa de gols, e o custo-benefício de manter um jogador caro e em declínio está se tornando insustentável.

E agora?


O Santos tem duas opções: ou Tiquinho redescobre seu futebol (o que exigiria uma mudança tática ou até psicológica), ou a diretoria precisará assumir o erro e buscar uma saída – mesmo que isso signifique assumir um prejuízo. Enquanto isso, a lição é clara: contratações baseadas apenas em currículo recente, sem análise profunda de adaptação e projeção, são um risco que um clube em reconstrução não pode mais se dar ao luxo de correr.

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Veredito: Até o momento, a passagem de Tiquinho pelo Santos é um projeto falho. E o pior? o preço dessa falha ainda vai ser pago até 2027.

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