Conselho Deliberativo aprova contas do Santos de 2022; veja os detalhes

Foto: Divulgação/Santos FC

Na noite desta quarta-feira (5), os membros do Conselho Deliberativo do Santos aprovaram com 89% dos votos as contas de 2022. O parecer do Conselho Fiscal foi apresentado aos conselheiros em reunião.

O relatório do Conselho Fiscal sobre o balanço do Peixe na temporada de 2022 apontou que o clube teve um superávit de R$ 16.891.000,00, 2,57% a mais que o valor orçado. Apesar de sugerir a aprovação das contas, o órgão aponta “falta de planejamento” do clube.

De acordo com o relatório, o Alvinegro Praiano teve uma arrecadação de R$ 341,8 milhões em 2022, o valor é inferior aos R$ 406,8 mi de 2021. Em patrocínios, o clube arrecadou R$ 57 milhões. O Santos vendeu R$ 70 milhões em direitos federativos (negociações de atletas) em 2022, contra R$ 107 mi em 2021. O Alvinegro Praiano somou R$ 32,9 milhões milhões em premiações.

O Conselho alerta que, pelo investimento, o mínimo seria R$ 53 mi. O endividamento do Santos em 2022 foi de R$ 23,4 milhões e o passivo descoberto do clube ficou na casa dos R$ 404 milhões.

“Foi nítida a falta de planejamento, com as trocas sucessivas de técnicos e gerências esportivas, bem como gastos com a contratação de muitos atletas não qualificados, investiu-se em quantidade e não em qualidade. Mesmo com o clube sendo bem administrado do ponto de vista dos números, seguindo o regime de fluxo de caixa, as despesas foram maiores que as receitas, apesar de todo o esforço no saneamento financeiro. Se não formos competitivos desportivamente nada vai adiantar, perdemos nesse ano receitas possíveis de premiações e bonificações, sem contar a queda no valor da imagem…Não vimos e não podemos indicar falta de dedicação da gestão do futebol, mas não podemos classificar como má sorte, clamamos por profissionalismo. Sugerimos a contratação de profissionais com histórico e curriculum vencedor para as funções que venham a ocupar, a permanência na primeira divisão e, no mínimo, nos mantermos na zona de classificação e qualificação para os torneios mais rentáveis é um ato obrigatório de gestão”, diz trecho da conclusão do parecer do Conselho Fiscal.