Joao Pedro de Oliveira
A defesa do atacante Willian Bigode, atualmente no Santos, solicitou à Justiça que seja rejeitado o processo movido pelo lateral-direito Mayke, do Palmeiras, relacionado ao caso da operadora de criptomoedas Xland. Os advogados de Willian buscam provar que ele não tem responsabilidade no contrato firmado entre Mayke e a empresa. A informação é do GE.
Bigode está sendo processado por Mayke e Gustavo Scarpa, ex-companheiros de equipe no Palmeiras, devido a um suposto golpe de R$ 10,4 milhões. Segundo os jogadores, o investimento na Xland Holding Ltda foi feito por recomendação da WLJC Gestão Financeira, empresa pertencente a Willian.
A Xland Holding Ltda teria prometido retornos mensais de 3,5% a 5%, valores bem acima dos padrões de mercado. Durante uma apresentação a Gustavo Scarpa, os proprietários da Xland alegaram possuir um patrimônio superior a R$ 2 bilhões em pedras de alexandrita, além de chácaras e terrenos como garantia.
Quando Scarpa e Mayke tentaram recuperar o dinheiro investido, a Xland se recusou a devolver os valores. Willian foi chamado para interceder, mas afirmou que também foi vítima de um golpe, perdendo R$ 17,5 milhões.
Os advogados de Bigode argumentam que o contrato entre Xland e Mayke estipula que qualquer controvérsia deve ser resolvida na Câmara de Arbitragem, não no Poder Judiciário.
Além disso, a defesa solicita a redução do valor inicial pedido por Mayke, de R$ 7,8 milhões, para R$ 2,1 milhões, valor que, segundo os advogados, é comprovado pelos documentos bancários apresentados no processo como sendo o valor efetivamente investido por Mayke.
Por fim, a defesa de Bigode alega que ele não tem expertise em investimentos e que sua recomendação se deu apenas com base na amizade com os colegas de clube.
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