Foi pênalti? Anulação correta do gol? Ex-árbitros opinam sobre lances de São Paulo x Santos

Na última quarta-feira (14), o Santos derrotou o São Paulo por 1 a 0, com gol de pênalti de Alfredo Morelos na segunda etapa. O clássico também contou com dois gols anulados do Tricolor, no primeiro tempo, Luciano recebe a bola e finaliza, mas estava impedido e nos minutos finais da partida, Erick faz o gol, mas a bola toca em sua mão.

Após o clássico, os jogadores do São Paulo e o presidente Júlio Casares reclamaram das decisões da árbitra Edina Alves, onde afirmaram que a pressão do Peixe antes da partida surtiu efeito.

Veja o que ex-árbitros opinam sobre os lances polêmicos de São Paulo x Santos:

Pênalto em Otero

João Paulo Araújo: “O pênalti realmente existiu, não sei porque ela não marcou de cara — talvez porque estivesse longe da jogada e não percebeu uma coisa importante. Se o Welington toca na bola primeiro, não haveria pênalti. Como ele não tocou na bola, mas sim no Otero, o pênalti tem que ser marcado. O pênalti foi bem marcado pelo VAR.”

Guilherme Ceretta: “O pênalti é correto e dava para marcar sem usar o VAR. Ainda bem que a ferramenta foi bem utilizada pela equipe de arbitragem.”

Alfredo Loebeling: “A arbitragem da Edina foi muito ruim, ela não é uma árbitra que mantém o controle da partida. Ela perdeu o controle disciplinar, não manteve critérios, não soube utilizar os cartões, ela se perdeu no jogo. O VAR salvou: sem querer também é pênalti. Houve a penalidade porque o Welington toca no Otero.”

Emidio Marques: “A decisão foi acertada porque a bola está distante dos jogadores. O Welington atinge somente a perna do Otero, não existe possibilidade nenhuma de disputa de bola. A queda do Otero foi motivada pelo calço feito pelo jogador do São Paulo.”

Gol do São Paulo anulado

Ulisses Tavares: “Foi bem anulado, pois o Erick toca na bola com a mão. Este lance é mais difícil devido à velocidade da jogada.”

Manoel Serapião: “A imagem mostra que teria tocado no braço do jogador, e se tocou, ainda que tenha sido acidental — e ele fez o gol imediatamente, não um companheiro —, o gol tem que ser anulado efetivamente. É texto de regra, não tem nem interpretação. Se a bola tocou no braço, o gol foi muito bem anulado. A imagem não me dá a segurança, mas tudo indica que tocou. Se não tocou, gol legal. Se tocou, mesmo acidentalmente, gol ilegal que teria que ser anulado.”

Guilherme Ceretta: “O gol anulado foi textual e não cabe interpretação. Coube ao VAR salvar o jogo. O trabalho em equipe ajudou.”

Alfredo Loebeling: “Sobre o gol do Erick, não tenha dúvida que ela também acertou, mas era um lance que daria para ver no campo. A regra é muito clara: nenhum gol pode sair de jogada direta com toque de mão. Se fosse pelo meio de campo, tudo bem, mas não foi o caso. A anulação do gol é clara. Nada disso tira dela uma péssima arbitragem. É muito jogo para ela. Não dá para analisar a arbitragem só por lances polêmicos. Ela foi muito mal na partida.”

Emidio Marques: “O lance foi induzido pelo VAR. Faltou convicção à Edina antes, durante e depois de ver e rever o lance. A bola que vai em direção ao Erick, e não ele em direção à bola — além disto, em instante nenhum fica caracterizado que ela toca na mão do atacante. Faltou independência à árbitra para discordar do VAR e ficar com a sua opinião anterior. Talvez isto tenha sido influenciado pela manifestação, antes da partida, do Santos”