A despedida de Marinho do Santos foi discreta. Após o anúncio de sua negociação com o Flamengo, o atacante se despediu nas redes sociais por meio de uma rápida entrevista disponibilizada pelo clube.
“Santos me mudou, a minha história, meu patamar. Terei gratidão pelo resto da minha vida. Cheguei menino e saí homem conhecido no Brasil e na América. Sempre com dedicação e coração na ponta da chuteira. Fui um Menino da Vila e torcedor dentro de campo”.
Na entrevista, o atacante lembrou sua passagem pela base do clube e destacou qual foi o seu principal momento dentro do Peixe.
“Principal momento foi a chegada. Independentemente das conquistas que buscamos, o que mais me moveu foi voltar ao clube depois de sair menino em 2007. A maior lembrança foi abrir a porta do CT. Sairei com isso na minha mente”.
“Fica minha gratidão por tudo que vivi nesses quase três anos. Fui bem acolhido e recebido por todos. Criei identidade no clube. Despedida sempre é ruim, ainda mais quando se tem identificação. Entendemos que há momentos de decisão na vida”.
Relação entre Marinho e Santos estava tensa
O Peixe acabou aceitando negociar Marinho por cerca de R$ 8 milhões, menos do que a diretoria gostaria anteriormente. O principal motivo foi o desejo do jogador, que deixava claro querer uma valorização e estava criando um ambiente bem ruim no CT Rei Pelé. Apesar disso, ele disse ter sido uma oferta boa para o clube.
“Apareceu a oportunidade, o Santos gostou e em comum acordo achamos que é momento de cada um seguir seu caminho e torcendo pelo outro. Fica aqui a minha admiração e respeito pelo clube. Minha casa tem sempre um cantinho a mais para o Santos”.
Marinho terminou o ano passado disposto a mudar de casa para a temporada 2022, mas a tão sonhada proposta do mundo árabe não chegou. Pouco depois da reapresentação, ele testou positivo para Covid e foi afastado para cumprir o isolamento social.
Assim que negativou, o atacante pediu mais um tempo para retornar ao clube, o que foi negado pelo executivo de futebol Edu Dracena. Ele se apresentou no dia esperado, mas já se atrasou no seguinte, o que gerou uma bronca e aumentou o clima ruim.
Desde o final de 2021, o relacionamento era ruim com membros da comissão técnica e com os dirigentes. Com a maior parte dos companheiros, o convívio era saudável, mas ele não era mais o Marinho tão querido de 2020.
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