Mundo da bola: CBF ameaça acabar com torneios de base e divisões do futebol feminino no Brasil

CBF Santos
Foto: Divulgação/CBF

A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) passa por indefinições sob a nova direção do presidente Ednaldo Rodrigues, isso porque, o cartola da instituição não quis confirmar a realização dos próximos torneios de base e divisões inferiores do futebol feminino para a sequência da temporada 2022. No entanto, o Brasileirão Sub-20 está garantido, porém com formato diferente. Para justificar tal mudança, o mandatário alegou que a entidade máxima do futebol brasileiro está passando por uma “revisão de orçamentos” para baratear os custos.

“As competições serão reavaliadas, em formatos que possam dar competitividade e diminuir custos. Tem três clubes de um estado que jogam entre eles e praticamente não saem para jogar, evitando assim três viagens. E tem grupos que estavam sendo feitos que um clube era prejudicado, viajando seis vezes para cumprir a programação. Por isso, a parte técnica está estudando totalmente a competição”, justificou Ednaldo, presidente da CBF, ao portal Globo Esporte.

Agora, o Brasileirão Sub-20 está dividido em dois grupos regionais. Uma chave tem CorinthiansSão PauloSantos, Palmeiras, Bragantino, Grêmio, Internacional, Athletico-PR, Chapecoense e Atlético-GO; a outra tem Botafogo, Flamengo, Fluminense, Vasco, América-MG, Atlético-MGCruzeiroFortalezaCeará e Bahia. Vale ressaltar que o Goiás não está na disputa da competição nacional por conta de sua queda no ranking.

Ednaldo CBF
Foto: Lucas Figueiredo/CBF

Na contramão do Brasileirão Sub-20, a categoria Sub-23 do campeonato pode não acontecer, além do Brasileirão Feminino Série A2 e A3, que também não foram garantidas. O presidente da CBF deixou em aberto a possibilidade de exclusão do torneio. Vale lembrar que o Goiás também não disputa mais essa categoria. Assim como no Sub-20, Ednaldo alegou “orçamento apertado” para realização do “Brasileirão de Aspirantes” (como é chamado o Campeonato Brasileiro Sub-23).

“Bom lembrar que a CBF banca 100% da competição. Em viagens, hospedagens, alimentação, traslados, arbitragem. Então é natural que quem paga a conta procure ver a forma mais correta a ser paga. Que tenham mais paciência porque não pretendemos excluir, mas reavaliar sim”, pontuou Ednaldo.