“Nossa situação melhorou muito”: Rueda fala sobre o legado que pretende deixar no Santos

O presidente do Santos, Andrés Rueda passou boa parte de 2022 falando sobre o Santos sobreviver durante esta temporada para que em 2023 pudesse subir de patamar em comparação as últimas duas temporadas. Em entrevista ao Diário do Peixe, o mandatário falou sobre como o Alvinegro Praiano sai desta temporada e revelou o que pretende deixar de legado para as próximas gestões.

“Chegamos ao final de 22 sobrevivendo, não da maneira como estava planejado pelo tombo que tivemos com o problema do Kaiky, que bagunçou nosso fluxo de caixa, mas conseguimos terminar 22 em uma situação que nos permite olhar para a frente e ver um futuro bem melhor. No começo de 21, o paciente estava na UTI e quase indo embora, em uma situação muito complicada. Hoje a nossa situação melhorou muito, a dívida está sob controle, os acordos feitos sendo pagos. É complicado, mas a situação é um pouco mais confortável, o que nos permite alçar voos maiores em termos de contratação. Até agora era empréstimo sem custo, salário baixinho, e valor de passe definido. Hoje dá para pensar em valor. Não vou mentir para o torcedor, não dá para fazer grandes contratações, mas investimos em uma comissão técnica e um executivo de futebol de porte para esse investimento ser bem embasado”, analisou o mandatário em entrevista ao Diário do Peixe.

“O maior  legado que a gente pode deixar é a recuperação financeira. Muita vez saio da cadeira de presidente, me coloco como torcedor e falo: “caramba, o que esses malucos fizeram. Resolveram o problema em dois anos. Se falava em R$ 600, R$ 700 milhões (em dívidas) e resolveram, dez anos de desmontagem. Isso é um legado importante. Se a gente tivesse fracassado em fazer isso o clube tinha terminado. Ah, mas o clube não fecha, não fecha, mas a gente estava três, quatro meses atrasado e sem dinheiro para pagar jogador. Tinha o transferban, contas bloqueadas sem condições de pagar água e luz do clube. Poder entregar para o próximo um clube melhor. Segundo legado é o capítulo do Estatuto em que o executivo pediu para colocar regras para fiscalizar o próprio executivo. Isso não existe em lugar algum. Briguei para colocar travas para o executivo. Do tipo, tem dinheiro e não pagou a folha, não pagou imposto, no primeiro mês é advertido e no segundo é rua. Para não ter de esperar dois, três anos com o clube sendo esfoliado. O presidente que ficar dois meses sem pagar a folha e imposto é rua. Isso é um grande legado. Senão tudo que foi feito teria sido em vão. Não adianta o clube passar sufoco em campo por falta de investimento, de ter uma equipe melhor, o esforço dessa diretoria de colocar a casa em ordem, sem ter uma amarra que impeça que próximas gestões voltem a fazer o que fizeram no passado. Acho que são dois grandes legados”, disse o presidente santista.

O mandatário também comentou sobre a expectativa para a próxima temporada.

“A meta do Santos em qualquer campeonato é ser campeão. O Santos não entra se não tiver essa meta. Até em campeonato de bolinha de gude. A meta é ser campeão”, disse Rueda.