O Santos está há meses em negociações com a Qatar Sports Investments, o fundo que administra o PSG, da França, sobre uma possibilidade de investimento no time da Vila Belmiro. O presidente Andrés Rueda, porém, não deseja que o clube venda a maior parte das suas ações para que o clube se torne uma SAF.
Em novembro de 2022, os associados do Peixe aprovaram o novo Estatuto Social do clube. Um dos principais temas do documento é a previsão da criação de uma Sociedade Anônima do Futebol (SAF), já nos moldes previstos na Lei Federal 14.193/2021.
O Estatuto do Peixe diz que o clube precisaria manter pelo menos 51% de suas ações se firmasse alguma sociedade e que “sua participação societária não poderá ser onerada ou transferida, a qualquer título, e para qualquer fim, sem a aprovação do Conselho Deliberativo”. Além disso, qualquer proposta precisa ter a anuência do Comitê de Gestão, Conselho Deliberativo e Sócios.
Publicamente, Rueda nunca escondeu que a possibilidade de o Santos se tornar SAF não é algo que o empolga. O mandatário se diz contra os modelos em que as empresas possuem a maior porcentagem das ações.
Desta forma, o presidente santista busca convencer a QSI a fazer o investimento sem que o clube vire uma SAF. A ideia de repassar porcentagem de jogadores em vendas futuras, prioridade em atletas oriundos da categoria de base, utilização da marca Santos FC são possibilidades discutidas entre as partes.
Nas negociações entre o Peixe e a QSI, o fundo do Catar apontou que gostaria investir no Alvinegro Praiano via SAF, porém, com a possibilidade de não ter a maior parte das ações do clube. O exemplo é do Sporting Braga, de Portugal, onde o clube lusitano vendeu 21,67% para a QSI.
De acordo com o GE, esse modelo não tem negativa de Andrés Rueda e vem sendo debatida nos bastidores.
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