Presidente do Santos vê nova Liga nascendo em 2022

A nova Liga de clubes do Brasil está cada vez mais perto de nascer. Ao menos é o que pensa o presidente do Santos, Andres Rueda. O dirigente deu entrevista ao jornalista Ademir Quintino e falou sobre o novo modelo de futebol brasileiro já pra 2022.

“Em 2022, com certeza, vai sair a Liga dos clubes. Estamos participando ativamente. O valor que estamos imaginando é um investimento de quase R$ 5 bilhões. Se isso vier a acontecer, eu zero a dívida do clube e tenho dinheiro para montar um time de primeira. A coisa começa a fazer sentido”, disse Rueda.

Os clubes se reuniram em junho e 19 assinaram um documento concordando em fundar a liga. O único que ficou de fora foi Sport, que vivia uma grande crise política, mas emitiu nota apoiando a decisão dos outros clubes.

Na entrevista, Andres Rueda também falou sobre os valores que o Santos poderia receber após a criação da nova Liga.

“Nós temos uma grande expectativa de criação de uma Liga. Se ela for criada e isso representar uma injeção de R$ 350 milhões, ele passa com sua receita a ter uma posição super privilegiada dentro dos clubes de futebol”, completou o presidente.

Presidente do Santos também falou sobre a SAF

O presidente santista também falou sobre a SAF (Sociedade Anônima do Futebol). Um tipo societário criado pela Lei nº 14.193, de 6 de agosto de 2021, que permite aos clubes constituírem empresa para operar o futebol, com regime tributário simplificado.

O Cruzeiro foi o primeiro clube brasileiro a aderir ao novo regime, tendo seu futebol “vendido” para o ex-jogador Ronaldo Fenômeno, o que gerou muita animação nas redes sociais.

Cruzeiro aderiu SAF. Santos prega cautela
Cruzeiro aderiu SAF. Santos prega cautela

Apesar disso, o presidente Andres Rueda foi cauteloso ao falar sobre a SAF. Para o dirigente, não existe necessidade de o Santos ser vendido para conseguir quitar suas dívidas.

“Temos uma grande perspectiva de sair dessa situação (financeira) com a entrada na Liga e quando você está em uma situação equilibrada de dívida, a negociação pega outro patamar em caso de venda. O clube não precisa ser vendido para sair das dívidas”.