Por: Alexsander Vieira
O Atlético-MG acionou a Câmara Nacional de Resolução de Disputas (CNRD) após o Santos não honrar as parcelas da compra de Patrick. O meia, hoje no Athletico-PR, custa R$ 1 milhão ao Peixe, que enfrenta crise financeira.
O Atlético-MG formalizou uma queixa junto à Câmara Nacional de Resolução de Disputas (CNRD), órgão da CBF, para cobrar o Santos pelo não pagamento das parcelas referentes à compra do meia Patrick. O contrato, assinado em 2024, previa uma obrigação de compra por US$ 1 milhão (cerca de R$ 5,5 milhões), dividido em 12 parcelas mensais de R$ 430 mil, mas o Peixe não quitou nenhuma das três primeiras .
Patrick chegou ao SFC por empréstimo em 2024, com cláusula de compra obrigatória a partir de janeiro de 2025. No entanto, após apenas 11 jogos e pouco aproveitamento, o meia foi emprestado ao Athletico-PR, onde disputa a Série B. O jogador, que tem contrato com o SFC até dezembro de 2026, não faz parte dos planos do clube e se tornou um problema financeiro, com custo mensal de R$ 1,1 milhão (salário + parcelas).
Crise financeira no Santos
A situação se agrava porque o SFC enfrenta uma crise financeira profunda, com dificuldades até para honrar compromissos básicos. Além da dívida com o Atlético-MG, o clube também é cobrado judicialmente pelo ex-técnico Pedro Caixinha, que reclama uma multa rescisória de R$ 15 milhões.
Enquanto isso, o Atlético-MG busca garantir o recebimento do valor acordado, já que o SFC não demonstra capacidade de pagamento. Se o Peixe não regularizar a situação, poderá sofrer sanções da CBF, incluindo perda de pontos ou impedimento de registrar novos jogadores.
O caso de Patrick é mais um capítulo turbulento na gestão do SFC, que não consegue vender ou emprestar o jogador devido ao seu alto custo e baixo rendimento. O clube já tentou negociá-lo com times da Série A e B, mas nenhuma proposta avançou.
Reorganização financeira
Enquanto o Atlético-MG pressiona judicialmente, o Santos tenta se reorganizar para evitar novas dívidas. A diretoria alvinegra espera que a venda de ativos ou a chegada de investidores ajude a equilibrar as contas, mas, por enquanto, o cenário é de incerteza .
O desfecho desse imbróglio pode definir o futuro financeiro do Santos nos próximos meses. Se o clube não quitar as dívidas, poderá enfrentar restrições ainda maiores no mercado de transferências, dificultando ainda mais a reconstrução do elenco.
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