O Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), denunciou o Santos por atraso no inicio da partida e uso de sinalizadores na torcida, na vitória por 2 a 0 contra o Avaí, no estádio da Ressacada, em Florianópolis (SC), pela segunda rodada da Série B do Campeonato Brasileiro, no dia 26 de abril. O julgamento foi nessa terça-feira (28), perante a 2ª Comissão Disciplinar da instituição, e o Santos foi multado em R$ 1.900,00.
A 2ª Comissão Disciplinar da entidade entendeu que o Alvinegro da Vila deveria pagar por R$ 1.600,00, no artigo 206, referente ao atraso, e foi desclassificado do inciso I do artigo 213 e incluído no 191 do CBJD (Código Brasileiro de Justiça Desportiva), com multa de R$ 300. O Avaí também foi denunciado no inciso I do artigo 213, mas foi absolvido.
Neste momento, o clube já está cumprindo uma sanção do STJD nos jogos em que atua como mandante. Teve portões fechados nos confrontos contra Paysandu e Guarani, mas permitiu a presença de torcedores no jogo contra o Brusque, direcionando toda a arrecadação para a população gaúcha.
O Peixe ainda enfrentará punição em relação ao público, com o setor destinado às torcidas organizadas fechado nos jogos contra o Botafogo-SP no Estádio do Café, em Londrina, e diante de Goiás e Chapecoense na Vila Belmiro.
Confira como foi o julgamento que puniu o Santos!
2ª Comissão disciplinar
Presidente: Carlos Eduardo Pontes Lopes Cardoso (RJ)
Vice-Presidente: Diogo de Azevedo Maia (RJ)
Washington Rodrigues Oliveira (SP)
Iuri Engel Francescutti (RJ)
Marcelo Augusto Fichtner Bellizze (DF)
Marcelo Vieira Paulo (RJ) – Auditor Suplente
A advogada Pâmella Saleão Gouveas, representante do Avaí, explicou que antes do jogo na Ressacada, a equipe de Santa Catarina detectou a presença de sinalizadores entre os torcedores do Santos. No entanto, ela enfatizou que é fácil ocultar esse tipo de objeto e solicitou a absolvição do time catarinense, argumentando que se tratava de uma ação da torcida visitante. Ela ressaltou que o clube se sente impotente diante dessa situação.
Por sua vez, Marcelo Mendes, em defesa do Santos, ressaltou que a responsabilidade primordial pela identificação desse tipo de infração cabe à atuação da Polícia Militar. Ele afirmou que o clube não tem poder para desempenhar esse papel, apenas para oferecer orientações. Além disso, destacou que a torcida do Alvinegro não foi incluída no artigo 213 e mencionou o artigo 191.
Ele solicitou a retirada da acusação conforme o artigo 213, argumentando que a situação foi controlada e não houve comportamento antidesportivo. Reconheceu que o clube já foi punido conforme o artigo 213 anteriormente, mas nunca por incidentes envolvendo sinalizadores.
Portanto, pediu a absolvição e, caso a comissão não concordasse, que o clube fosse enquadrado no artigo 191. Quanto ao atraso, admitiu não ter argumentos.
Iuri Engel absolveu o Avaí e retirou a acusação contra o Santos conforme o artigo 213. Ele votou pela aplicação de uma multa de R$ 300. Em relação ao atraso, aplicou uma multa de R$ 1600. Diogo Maia e Marcelo Vieira concordaram com sua decisão.
Assim, o Avaí foi absolvido, enquanto o Santos foi multado em R$ 300 pela retirada da acusação do artigo 213 para o artigo 191, além de uma multa adicional de R$ 1600 pelo atraso.
Avaí recebeu o Santos na 2ª rodada do Campeonato Brasileiro da Série B
Na súmula do jogo, o árbitro paranaense Lucas Paulo Torezin relatou que houve atraso por parte do Santos no protocolo inicial do confronto. Alexandre Gallo, coordenador de futebol do clube, explicou que o policiamento atrasou a chegada da equipe ao estádio. Lucas também mencionou o uso de sinalizadores pela torcida do Santos, mas logo a situação foi controlada.
“Houve um atraso de dois minutos no início da partida devido à entrada tardia da equipe visitante para o protocolo inicial (…) Informo que aos 2 minutos do segundo tempo, a torcida do Santos utilizou sinalizadores nas arquibancadas, após identificar tal ato, foi solicitado o anúncio no sistema de som do estádio para que fossem apagados, e a situação foi controlada. A partida não foi interrompida por conta desse incidente. Após a partida, Alexandre Gallo, diretor de futebol do Santos, veio até a porta do vestiário da equipe de arbitragem para relatar que supostamente, no trajeto do ônibus para o estádio, o policiamento não escoltou de forma eficiente, não utilizando a sirene, o que causou o atraso da equipe para o início da partida”, relatou na súmula.
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