Na Vila Belmiro, amor pelo Santos FC se transforma em história de superação e paixão

Dona Eliane do Carmo e Matheus estão em todos os jogos do Santos FC na Vila

A Vila Belmiro recebeu um capítulo especial antes do duelo entre Santos FC e Sport, nesta sexta-feira. No meio da torcida que chegava para apoiar o Peixe em mais uma batalha no Brasileirão, conhecemos Dona Eliane do Carmo e seu filho, Matheus do Carmo, dois rostos já conhecidos de quem frequenta o templo santista. Eles não apenas assistem ao jogo — vivem o Santos FC.

Matheus, torcedor fiel, acompanha a equipe praticamente em todas as partidas em casa. Ele é portador de autismo e deficiência visual, mas nada disso o impede de vibrar, criticar e incentivar o time com intensidade. Ele não passa um minuto quieto: corneta, canta, se empolga e contagia quem está por perto.

Foto: Luis Gustavo Marine - santistas.net - Santos FC
Foto: Luis Gustavo Marine – santistas.net

Em conversa com nossa equipe, Matheus contou que seus jogadores preferidos são os gringos. E sem hesitar, revelou seu grande ídolo da vez: Rollheiser, o estrangeiro que mais desperta sua admiração.

Ao lado dele está Dona Eliane, que é mais do que uma acompanhante. Ela entende de futebol, debate o momento do time e reafirma um amor que vai além do campo. A força da arquibancada ganha voz nela, que se emociona, vibra e acompanha cada lance com a mesma paixão que move o filho a estar ali.

Rollheiser - Foto: Raul Baretta/ Santos FC.
Rollheiser é o atleta preferido de Matheus – Foto: Raul Baretta/ Santos FC.

Quem passa pela Vila percebe: a relação entre mãe, filho e o Santos é especial. É um laço que não tem placar, divisão ou campeonato que explique. E a cada partida, os dois provam que o futebol ainda carrega sua essência mais bonita — união, pertencimento e esperança.

Dona Eliane e Matheus não são apenas torcedores. São parte viva da história de um Santos que não existe só dentro das quatro linhas, mas pulsa nas arquibancadas, no coração de quem acredita e não desiste.

Porque na Vila Belmiro, como eles, ninguém torce sozinho.