Fonte: Portal GE
O Santos FC vive um momento de tensão máxima no Campeonato Brasileiro. Faltando oito rodadas para o fim, o time está a apenas dois pontos da zona de rebaixamento, e um novo descenso poderia causar impactos profundos em diversos setores do clube — dentro e fora de campo. Um dos maiores deles envolve a permanência de Neymar, principal nome do elenco e ídolo histórico do Peixe.
Finanças pesadas e futuro incerto
O custo mensal de Neymar é de aproximadamente R$ 4,14 milhões, um valor que o Santos FC teria extrema dificuldade em sustentar em caso de queda para a Série B. Além dos salários, o clube ainda precisa honrar o acordo com a N&R Sports, responsável pela exploração da imagem do jogador — uma dívida de R$ 85 milhões, parcelada até o fim de 2026.
Com a queda, a receita do clube cairia drasticamente — patrocínios, bilheteria, cota de TV e até produtos licenciados perderiam força. Isso obrigaria a diretoria a repensar o planejamento financeiro e, consequentemente, renegociar o contrato do camisa 10.
Assim como aconteceu em 2024, quando o Peixe disputou a Série B e alguns jogadores aceitaram reduções salariais temporárias, Neymar também teria de rever seus vencimentos se quisesse permanecer.

O peso da Copa do Mundo
Outro fator que pesa é o lado esportivo. Neymar sonha em disputar mais uma Copa do Mundo, sob o comando de Carlo Ancelotti, mas o técnico da Seleção Brasileira já deixou claro que só convocará o craque se ele estiver em alto nível físico e técnico.
Disputar a Série B em 2026 poderia afastar Neymar dos holofotes internacionais e dificultar seu retorno à Seleção. O próprio jogador tinha o plano de, ao voltar ao Santos, brilhar e ser convocado ainda neste ciclo — algo que as lesões e a má fase da equipe frustraram.

Projetos e raízes em Santos FC
Apesar dos obstáculos, a família Neymar tem demonstrado envolvimento crescente com o clube. O pai do jogador, Neymar Santos Sr., tem participado de reuniões com a diretoria, discutido reformas no CT Rei Pelé e na Vila Belmiro, além de atuar em projetos conjuntos com a WTorre.
O camisa 10 também tem investido pessoalmente em imóveis e iniciativas na Baixada Santista, e já expressou o desejo de nunca atuar por outro clube brasileiro.
Ainda assim, caso o Santos caia novamente, será necessário um esforço conjunto entre diretoria, patrocinadores e o próprio atleta para manter o ídolo no elenco.
O recado é claro
Internamente, o discurso é de foco total para evitar a “tragédia”. Membros da diretoria e da comissão técnica evitam até falar em rebaixamento, mas sabem que a permanência na Série A é essencial para o futuro do projeto Neymar no Santos — e, talvez, para o futuro do próprio clube.
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