Ex-técnico dispara sobre o Santos FC: “É difícil com um time desestruturado”

Cléber Xavier faz balanço de passagem pelo Santos FC e relembra goleada sofrida contra o Vasco

O ex-treinador do Santos FC, Cléber Xavier, avaliou o período em que esteve à frente da equipe alvinegra e comentou o momento vivido pelo clube. Em entrevista ao programa “Um assado para…”, o técnico classificou a derrota por 6 a 0 para o Vasco, no Morumbi, como um ponto fora da curva em sua passagem pela Vila Belmiro.

Segundo Cléber, o desempenho nos jogos anteriores indicava uma evolução da equipe. O treinador destacou a pontuação conquistada e afirmou que o resultado elástico acabou sendo determinante para sua demissão.

“Fiz sete pontos nos últimos três jogos. Estou lá em cima. Se eu ganho do Vasco, eu estou em 11º, décimo. Aí acontece o desastre do jogo contra o Vasco. A demissão foi justa pelo resultado que acabou acontecendo, mas pelo aproveitamento, eu tive 13 jogos com cinco vitórias. É difícil com um time desestruturado, com mudanças, troca de executivo, saiu o Pedro e entrou o Alexandre, toda essa dificuldade de pressão. A torcida não aceitou o Santos ter ido para a Série B”, afirmou.

O ex-comandante também detalhou os lances que, na sua avaliação, foram determinantes para a construção da goleada vascaína. Cléber relembrou que o primeiro tempo foi equilibrado e que o placar poderia ter sido diferente antes da sequência de gols sofridos na etapa final.

“O jogo contra o Vasco, primeiro tempo parelho. O Vasco faz 1 a 0 em uma bola que o Mayke acha que a bola sai e não sai, depois foi visto no VAR. A gente cria situações para empatar e termina o primeiro tempo 1 a 0. No segundo tempo, a gente inicia com uma bola no poste do Barreal, o Guilherme perde um gol só, com o gol aberto, e daí, com três, quatro minutos, a gente toma uma sequência de gols e aí não tem como continuar”, relembrou.

Cléber Xavier ainda destacou a permanência de integrantes de sua comissão técnica no clube como um indicativo de que o trabalho desenvolvido era bem avaliado internamente.

“Eu sempre valorizo o meu trabalho, que não é só meu, é da comissão que vai comigo. Foi o Fábio como preparador, o Matheus como auxiliar, o Vinícius como auxiliar, e eles ficaram no clube”, explicou.

Após a saída do treinador, o Santos FC manteve Fábio Mahseredjian como coordenador de performance e Matheus Bacchi como auxiliar técnico. Ambos deixaram o clube em dezembro para retornar à comissão de Tite, agora no Cruzeiro. Já Vinícius Marques assumiu o comando da equipe Sub-20, foi campeão paulista da categoria e seguirá no clube.