O volante Jobson, atualmente no Al‑Dhafra dos Emirados Árabes Unidos, abriu o coração ao falar de sua trajetória no Santos (2019‑2022) e do desafio de atuar no futebol do Oriente Médio. Em entrevista ao Diário do Peixe, o jogador de 28 anos classificou a experiência na Vila Belmiro como “sonho de criança realizado” e revelou que ainda hoje é abordado por companheiros estrangeiros curiosos sobre o clube alvinegro.
“Minha passagem teve altos e baixos, mas vestir a camisa do Peixe era um objetivo desde menino. Aprendi muito, trabalhei com grandes treinadores e sinto orgulho de cada minuto”, disse.
Foto: Ivan Storti/SFC
Lembranças da campanha histórica de 2020
Ao todo, Jobson disputou 43 partidas pelo Santos, marcou três gols e deu uma assistência. Pouco utilizado por Jorge Sampaoli em 2019, ganhou espaço e foi titular em boa parte de 2020, ano em que o clube alcançou a final da Conmebol Libertadores. Uma lesão muscular às vésperas da decisão, porém, tirou o volante da partida contra o Palmeiras no Maracanã.
“Foram momentos incríveis. Talvez ninguém acreditasse que aquele elenco pudesse chegar tão longe, mas fizemos história. Uma pena ter me lesionado cinco dias antes da final.”
Depois de perder espaço em 2021 e ser emprestado ao Náutico em 2022, Jobson optou por seguir carreira no exterior. Passou pelo Al‑Kholood (Arábia Saudita) e pelo Al‑Arabi (Catar) antes de assinar em junho com o Al‑Dhafra, tradicional clube da segunda divisão dos Emirados.
Adaptação e maturidade no Oriente Médio
Segundo o meio‑campista, a ambientação em Abu Dhabi tem sido tranquila graças à experiência prévia no Golfo Pérsico.
“A cultura é parecida com a da Arábia Saudita. O país é mais aberto para a família, e o elenco me recebeu muito bem. Estou feliz e já me sinto adaptado.”
Jobson afirma estar “mais maduro e consciente” do papel tático exigido pelos treinadores.
“Com as vivências que tive, entendo melhor as funções em campo. Quero retribuir essa confiança com desempenho e liderança.”
O jogador espera ajudar o Al‑Dhafra a retornar à elite local enquanto mantém viva a gratidão por tudo que viveu na Vila Belmiro: “O Santos será sempre parte da minha história; levo o clube comigo por onde passo.”