Santos segura contratações e torcedor pergunta: “Cadê os nomes?”

Com histórico de reformulações agressivas, Alexandre Mattos tem adotado um perfil discreto e cirúrgico em seu início de trabalho como diretor de futebol do Santos. Longe do “pacotão de reforços” que marcou sua passagem por clubes como Palmeiras e Cruzeiro, o dirigente assimila o momento financeiro delicado do Peixe e aposta na organização interna e no elenco atual como prioridade imediata.

Desde sua chegada, o clube oficializou apenas duas contratações: o lateral-direito Igor Vinicius e o volante Willian Arão. O planejamento agora é adicionar um atacante de beirada, considerado a última peça para fechar o plantel — ao menos neste momento da temporada.

A ideia de reforçar o setor defensivo, por exemplo, foi deixada de lado após a permanência do zagueiro Gil, o que ajudou a aliviar a pressão por novas peças. Mattos, conhecido por suas movimentações ousadas no mercado, tem adotado postura diferente na Vila Belmiro: fala pouco com a imprensa, evita vazamentos de bastidores e mantém um discurso firme internamente de austeridade e reestruturação.

De protagonista no mercado a gestor cauteloso

Em 2015, no comando do departamento de futebol do Palmeiras, Mattos foi responsável por 25 contratações em uma única temporada, transformando por completo o elenco. Agora, no comando santista, a estratégia é oposta: entender as limitações orçamentárias e valorizar os ativos já disponíveis.

A avaliação da diretoria e da comissão técnica é de que o elenco atual deu boas respostas antes da pausa para a disputa da Copa do Mundo de Clubes e, embora haja margem para evolução, o momento não exige contratações em massa.

A ideia é que uma eventual reformulação mais profunda seja realizada apenas em 2026, após o clube estabilizar as finanças e avaliar o desempenho da equipe na sequência do Brasileirão.

Confiança no elenco e contenção de gastos

Com carta branca da presidência para liderar o departamento de futebol, Mattos rapidamente entendeu que o foco inicial não deveria ser o mercado, mas sim reorganizar a casa. O Santos convive com um cenário financeiro desafiador e, ao contrário do que já viveu em outras gestões, adotar cautela se tornou uma medida estratégica e necessária.

O discurso da diretoria é claro: sem loucuras. E o torcedor que esperava um caminhão de contratações, vai precisar se acostumar com um Santos mais pé no chão, ao menos por agora.

Calendário do Santos para os próximos jogos

Palmeiras – Campeonato Brasileiro – A definir – Adiado

Flamengo – Campeonato Brasileiro – 21h30 – 16/07

Mirassol – Campeonato Brasileiro – 18h30 – 19/07

Internacional – Campeonato Brasileiro – 21h30 – 23/07

Sport – Campeonato Brasileiro – 18h30 – 26/07

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