A chegada de Alexandre Mattos ao Santos como novo diretor de futebol divide opiniões entre especialistas e torcedores. Em entrevista ao Santistas Net, o setorista do Cruzeiro Matheus Nogueira avaliou o trabalho do executivo com um misto de otimismo e cautela: “O Alexandre Mattos é um bom gestor quando o clube está com dinheiro. Caso o Santos receba um bom investimento, ele pode ajudar muito sim. Mas sempre com o risco de apostar rios de dinheiro em um jogador que não tem potencial”.
Contexto da Contratação
Mattos assume o Santos em um momento crítico: o clube enfrenta dificuldades financeiras, ocupa a 18ª posição no Brasileirão e precisa reter Neymar, cujo contrato expira em 30 de junho. Sua contratação custou R$ 5 milhões ao Santos, valor negociado com o Cruzeiro, onde o dirigente já não centralizava decisões devido ao protagonismo do vice-presidente Pedro Júnior e do técnico Leonardo Jardim.
Forças e Fraquezas
- Histórico de Sucesso: Mattos montou elencos campeões no Cruzeiro (2013–2014) e Palmeiras (2015–2019), com foco em vendas lucrativas e contratações de impacto.
- Dependência de Recursos: Como destacou Nogueira, seu trabalho brilha em cenários com investimento robusto — algo que o Santos não possui atualmente. O clube tem dívidas de R$ 85 milhões e depende de renovação com patrocinadores.
- Riscos em Contratações: Casos como o de Dudu no Cruzeiro (alto custo e baixo retorno) ilustram a crítica sobre apostas milionárias em jogadores subvalorizados.
Desafios Imediatos
- Renovação de Neymar: Mattos terá de convencer o astro a permanecer com um projeto esportivo claro, já que o jogador prioriza “ambição” sobre salário.
- Reforços com Orçamento Limitado: O Santos busca laterais estrangeiros (como Giannetti e Manafá) e um volante, mas precisará negociar trocas ou empréstimos devido às restrições financeiras.
- Reorganização Interna: A demissão do gerente técnico Fabrício Vasconcellos sinaliza uma limpeza na gestão anterior, com Mattos priorizando eficiência.

Perspectivas no Santos
A torcida espera que Mattos repita acertos como Gabigol (Cruzeiro) e evite erros dispendiosos. Seu sucesso dependerá da capacidade de adaptação a um orçamento enxuto e da negociação de peças-chave sem grandes investimentos — um teste inédito em sua carreira.
Em resumo, como alertou Nogueira, Mattos pode ser um trunfo se o Santos conseguir capital, mas o risco de contratações mal calculadas exige fiscalização rigorosa da diretoria.
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