Santos parcela dívida milionária com ex-meia do clube

O grande foco da gestão Andres Rueda tem sido a crise financeira do Santos. Para resolver a situação, que era gravíssima, o presidente tem buscado fazer acordos e parcelamentos de débitos do clube. Nesta semana, mais um foi firmado, com o meia Bryan Ruiz.

Para chegar a um acordo com o jogador da Costa Rica, que deixou o clube em julho de 2020, a diretoria santista acertou o pagamento de uma indenização de R$ 6 milhões, que serão parcelados em três anos.

O meia entrou na justiça contra o clube logo após a sua saída. Ele foi até a Câmara Nacional de Resolução de Disputas (CNRD) da CBF cobrando R$ 1,2 milhão de diferenças salarias que estavam previstas em contrato, mas não forma pagas.

Outra questão cobrada por Bryan Ruiz dizia respeito aos direitos de imagem. O meia cobrava 800 mil euros no clube, cerca de R$ 5 milhões na cotação época. O Santos foi condenado a pagar o atleta em maio deste ano.

Vivendo uma grave crise financeira, o Santos procurou o meia para buscar um acordo. Ficou acertado o pagamento dos R$ 6 milhões em 36 parcelas de R$ 166 mil.

Bryan não foi bem no Santos

Bryan fez 12 jogos pelo Santos
Bryan fez 12 jogos pelo Santos

Bryan Ruiz foi contratado com status de estrela em julho de 2018. Anunciado como jogador de Copa do Mundo, ele acabou fazendo somente 12 jogos com a camisa do clube, sem marcar nenhum gol e dar nenhuma assistência.

O meia chegou até a treinar separado do elenco principal durante meses, foras dos planos dos treinadores. Incomodado com a falta de chances, Bryan rescindiu o contrato unilateralmente. Aos 36 anos, ele defende a Liga Deportiva Alajuelense, de seu país.

Santos teve diminuição da dívida em 2021

As questões financeiras do clube também foram tema da reunião do Conselho Deliberativo. O presidente explicou que o Santos pagou cerca de R$ 120 milhões em dívidas durante o ano de 2021. Com isso, a dívida total do clube caiu para cerca de R$ 447 milhões. Os valores não são contábeis e estarão discriminados no relatório do Conselho Fiscal, que será apresentado em 2022.

Quando comparados, os gastos com dívidas superam os com o departamento de futebol. Foram R$ 120 milhões contra R$ 110 com a atividade fim do clube (salários, direitos de imagem, férias, 13º, viagens e hospedagens).