Sampaoli ainda agrada ao Santos, mas impasse com CEO mantém negociação congelada 

O técnico argentino Jorge Sampaoli permanece no radar do Santos, mas a possibilidade de sua contratação esbarra em um obstáculo central: o conflito com o CEO Pedro Martins. Apesar do interesse do presidente Marcelo Teixeira e de parte da diretoria, o impasse persiste desde abril, quando Sampaoli recusou a proposta do clube após declarações públicas de Martins que desagradaram o treinador. 

Em coletiva no dia 15 de abril, Martins afirmou que o Santos “não entregaria a chave do clube a qualquer treinador” e criticou o “saudosismo” da instituição, em indiretas claras a Sampaoli, conhecido por exigir autonomia em seus projetos. O argentino, que já comandou o Peixe em 2019 (vice-campeão brasileiro), interpretou as falas como desrespeito e desistiu da negociação naquele momento. Agora, fontes internas indicam que sua volta só seria viável com a saída de Martins, algo improvável no curto prazo. 

Cenário atual: pressão sobre Cléber Xavier e possível reviravolta

Enquanto isso, o atual técnico Cléber Xavier vive dias de incerteza. Em seis jogos, acumula apenas cinco derrotas e um empate,ccom um gol marcado. A eliminação para o CRB na Copa do Brasil e a 19ª posição no Brasileirão aumentam a pressão, mas a diretoria ainda opta pela continuidade, apostando em reforços durante a janela de transferências e no período de preparação para o Mundial de Clubes.  

No entanto, uma nova derrota para o Vitória, neste domingo (26), poderá acelerar a busca por um substituto. Nesse cenário, Sampaoli voltaria ao topo da lista, mas a diretoria teria que resolver o embate com Martins — que insiste em um modelo de gestão coletiva, oposto ao perfil centralizador do argentino.  

Prós e contras de Sampaoli no Santos 

– A favor: Conhecimento do clube, identificação com a torcida e histórico de campanhas sólidas (como o vice em 2019) 

– Contra: Exigência de controle total sobre elenco e contratações, além de salário elevado — incompatível com o atual orçamento do Santos 

A decisão dependerá do resultado contra o Vitória e da disposição de Martins em ceder espaço. Se o CEO mantiver seu discurso de “mudança cultural”, a tendência é que o Santos busque alternativas mais alinhadas a esse projeto, como Fernando Diniz ou um nome estrangeiro com perfil menos explosivo. 

Enquanto isso, a torcida divide-se entre a nostalgia da era Sampaoli e a frustração com a gestão atual, que ainda não conseguiu reverter a crise esportiva e institucional do clube.

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